Corrente Crítica em Projetos - Parte I

O método da Corrente Crítica em Projetos, criado por Goldratt, que deriva da Teoria das Restrições também do mesmo autor é no mínimo intrigante para quem toma conhecimento das suas idéias. A Corrente Crítica prega que as tarefas de um projeto podem começar mais tarde e terminar mais cedo, controlando esses conjuntos de tarefas através de mecanismos conhecidos como pulmões (buffers).

Raramente projetos são entregues dentro do prazo, custo ou atendendo ao escopo pré definido.

Considerando o fator humano como causa principal dos atrasos nas atividades de um projeto, através de estimativas pessimistas ou menos prejudiciais, o executor limita a tarefa ao seu período máximo de execução, considerando que esta seja cumprida dentro do prazo ele ainda adiciona uma folga para mitigar os riscos.

Imagine um projeto com uma centena de tarefas, todas com folgas, multiplique por cem e o projeto já está acima do custo e prazo previstos.

Tempo é dinheiro, quanto mais cedo o projeto terminar mais cedo será o retorno do investimento do patrocinador.

Utilizando o método da corrente Crítica cada tarefa terá somente a metade do tempo que foi planejada inicialmente, o executor iniciará mais cedo, pois, segundo a Lei de Parkinson "o trabalho se expande até ocupar toda a duração possível da tarefa, seja ela qual for", aliada a Síndrome do Estudante (e quem nunca passou por isso) "sugere" que, por mais tempo que se tenha para realizar uma tarefa, a margem de segurança colocada pelo executor será procrastinada e a tarefa será realizada somente no prazo limite para ser entregue em cima da hora.

A outra metade da duração de todas as tarefas, ou seja, metade do prazo do projeto será dividido em duas partes e uma dessas partes será considerada o pulmão (buffer) do projeto a outra será descartada, ou seja, o projeto terá apenas 75% do prazo inicialmente estipulado.

Considerando que cada responsável por uma tarefa tenha apenas metade do tempo para sua execução eles irão, com certeza, começar mais tarde em relação a sua margem de segurança que seria totalmente gasta no início e terminar mais cedo com relação ao prazo total da tarefa que agora é a metade.

Leia a segunda parte

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