Escopo, a palavra mágica!

Já sabemos que o brasileiro não sabe planejar, prefere apagar incêndios o tempo inteiro e quando resolve os problemas por ele mesmo criados se acha o tal. O gerente de projetos se transforma no Gerente de problemas, um profissional com super poderes, capaz de corrigir tudo e todos dentro do prazo.

O fracasso acompanha projetos mal elaborados e ou gerenciados. Projetos cumpridos com excelência têm sido cada vez mais raros e a maioria dos problemas são provenientes de um ESCOPO mal elaborado.

O escopo é a alma do projeto e deve ser trabalhado ao máximo para deixar o mínimo de furos e não comprometer a execução do projeto. Podemos fazer referência a um projeto como um pêndulo, o escopo estaria na base desse pêndulo, ao movimentar a base, por menor que seja este movimento, a extensão desse pêndulo irá se movimentar muito mais, e a ponta desse pêndulo pode ser comparado, infelizmente, aos CUSTOS no projeto.

Não adianta economizar antes e gastar mais depois. A dor de cabeça não tem preço!

A definição do escopo de um projeto deve estar fortemente alinhada à estratégia da empresa, todo o apoio deve ser fornecido à equipe do projeto, objetivos estratégicos bem elaborados e com aporte para execução se transformam em projetos bem sucedidos.

A metodologia do BSC (Balanced Scorecard, por Kaplan e Norton) desdobra a estratégia da empresa criando objetivos estratégicos, indicadores de desempenho e metas para acompanhamento dos resultados, essas metas passam a ter uma maior visibilidade e quando chegam a um nível mais baixo, que pode ser o plano de ação, em que estão equivalentes as atividades de um projeto macro.

Sem escopo não dá, a visualização da estratégia da empresa, do patrocinador do projeto, das perspectivas políticas e econômicas, tudo deve ser levado em conta antes de definir um bom escopo. Mudanças irão ocorrer e estar preparado para resolver problemas é importante, mas ainda é o melhor caminho entender os detalhes do que foram solicitado para traças os objetivos.